Minas Gerais vive um dos seus momentos mais promissores. Com um crescimento turístico superior a 11,8% em 2024 — mais que o dobro da média nacional —, o estado se consolida como referência em inovação, sustentabilidade e descentralização no setor. De acordo com dados do IBGE e do Observatório do Turismo de Minas Gerais, foram mais de 32 milhões de turistas no estado ao longo do ano, fortalecendo uma nova matriz econômica pautada pela cultura, hospitalidade e identidade regional.
A estratégia de promoção integrada adotada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) tem alavancado investimentos e revelado o enorme potencial das diversas regiões mineiras. O destaque nacional é resultado de políticas públicas consistentes, como o ICMS Turismo, que em 2024 repassou mais de R$ 81 milhões para 513 municípios, promovendo o desenvolvimento regional e a qualificação dos destinos.
“Estamos assistindo à formação de uma nova matriz econômica baseada na cultura, na hospitalidade e na identidade mineira. Minas acolhe, preserva e ao mesmo tempo inova. Esse é o futuro que já está em curso, com trabalho sério, visão estratégica e amor pelo que somos”, destaca Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
Turismo como motor de desenvolvimento
A transformação da vocação mineira em estratégia de desenvolvimento é visível nos investimentos hoteleiros, que têm reposicionado Minas Gerais como o principal polo de expansão do setor no Brasil. O estado lidera a chegada de grandes marcas e empreendimentos, como o DoubleTree by Hilton Serra da Canastra, previsto para 2028 em São João Batista do Glória, com aporte de R$ 200 milhões e foco no turismo de natureza e alto padrão.
Outro símbolo desse novo momento é o Vila Galé Collection Ouro Preto, que será inaugurado em maio de 2025 no histórico Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo. O resort vai unir hospedagem, cultura e enoturismo, com vinhedo próprio, haras e centro de convenções, promovendo uma experiência autêntica e sofisticada na região.
Na capital mineira, o Hotel Trinta e Um, no bairro de Lourdes, promete elevar ainda mais a cena do luxo com um restaurante autoral voltado exclusivamente à cozinha mineira contemporânea — um marco na gastronomia reconhecida pela UNESCO.
Novos formatos e revalorização do patrimônio
Minas também aposta na pluralidade. O processo de restauração do icônico Palace Hotel, em Poços de Caldas, resgata a tradição das águas termais em um formato renovado. Em paralelo, iniciativas como o Clara Resort, junto ao Inhotim, e o projeto Ibity, na Zona da Mata, apostam no turismo de experiência, integrando comunidades locais, natureza e arte contemporânea.
A malha hoteleira se fortalece com uma combinação de grandes redes internacionais e pousadas de charme que se multiplicam em destinos como Lavras Novas, Serra do Cipó, Carrancas, Mantiqueira de Minas e Vale do Jequitinhonha. A Accor Hotels, por exemplo, já opera 30 unidades em Minas e planeja mais 10 até 2028, consolidando o estado como seu segundo maior mercado no Brasil.
Conectividade e projeção internacional
A expansão do setor é acompanhada por melhorias na malha aérea. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, ultrapassou a marca de 12,3 milhões de passageiros em 2024, com voos diretos para Lisboa, Orlando, Cidade do Panamá e Santiago. Essa conectividade reforça ações de projeção internacional, como o programa “Mostra Minas pelo Mundo”, e fortalece a criação de novas rotas turísticas articuladas pela Secult-MG.
Um modelo de futuro possível
Mais do que números, Minas Gerais apresenta ao país um modelo concreto de desenvolvimento sustentável, descentralizado e inovador. Ao investir em hospitalidade, cultura e identidade, o estado não apenas fortalece sua economia — mas inspira outras regiões a fazerem o mesmo, com responsabilidade, inclusão e visão de longo prazo.
Minas acolhe, encanta e transforma. O turismo por aqui não é apenas um destino: é um caminho para o futuro.
Capa: DoubleTree by Hilton chega a Minas em 2028 – Foto DoubleTree by Hilton – Divulgação