No encerramento das celebrações oficiais em 2024 pelo reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco foi realizado dia 15 de dezembro pelo o Governo do Estado a apresentação do maior queijo do mundo em evento realizado em frente à Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte. Produzida em Ipanema, no Vale do Rio Doce, a iguaria presta uma homenagem aos produtores e ao Queijo Minas Artesanal.
Durante o evento, foi feito o corte e distribuição do queijo para os visitantes. Coma praça lotada de pessoas de várias regiões mineiras e turistas de outros estados, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o vice-governador Professor Mateus, participaram, juntamente com secretários estaduais, deputados estaduais, queijeiros, chefs da gastronomia, empresários e comerciantes.
“É uma felicidade enorme para nós mineiros que apreciamos tanto esse produto que está sempre presente nas nossas casas e nas nossas mesas. Um brinde para Minas Gerais e o meu reconhecimento ao trabalho da Emater, do IMA, da FAEMG, de muitos que tiveram envolvidos nessa conquista tão grande e principalmente dos produtores de queijo artesanal, que são os grandes protagonistas dessa conquista”, disse o governador Romeu Zema.
O evento destacou o valor das práticas artesanais que mantêm vivos os modos de fazer únicos, passados de geração para geração nas dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, e o turismo de experiência, convidando visitantes a conhecer de perto as queijarias, os processos de produção sustentável e as paisagens culturais que fazem do queijo um dos maiores símbolos de Minas Gerais.
“Não estamos falando de um queijo único, mas do jeito mineiro de fazer queijo. Temos hoje dez regiões que já possuem reconhecimento de origem, o que demonstra nosso compromisso em proteger essa tradição e a mineiridade. O que a Unesco reconheceu é que o queijo produzido em Minas Gerais carrega a essência do mineiro, levando com ele um pedaço de Minas a cada lugar em que é servido”, ressaltou o vice-governador Professor Mateus.
A programação, realizada por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de MG e CODEMGE, também contou com a apresentação do violinista e compositor Marcus Viana, que interpretou a canção “Pátria Minas”, escolhida como a música oficial da celebração.
A decisão de reconhecer os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade foi em 4/12 em reunião realizada em Assunção, no Paraguai. Com o título, o Brasil passou a ter o primeiro produto da cultura alimentar incluído na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, explicou a relevância que o reconhecimento dos Modos de Fazer Queijo Artesanal tem para Minas Gerais. “É tão importante porque não são mais do que dez alimentos no mundo, sendo o único do Brasil a ter esse reconhecimento. Minas Gerais, com isso, lidera o número de patrimônios mundiais com folga nas nossas terras, reforçando a centralidade do nosso Estado, da nossa gente e da mineiridade”, enfatizou.
Por sua vez, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, reforçou a importância que o queijo tem para o mineiro. “O queijo está no sentimento do mineiro, está na aveia, no sangue. O mineiro gosta de presentear com queijo, o mineiro adora servir cafezinho com queijo, e esse reconhecimento vem realmente coroar o que representa este produto para nós”, observou.
A MESA MINEIRA DE “QUEIJOS QMA”
Durante o evento na Pampulha, foi montada uma maravilhosa mesa de 20 metros de queijos minas artesanal pela professora de Cozinha Mineira, Rosilene Campolina, do Portal Chef a chef e os chefes auxiliares Pedro Loscha, Euzi Nascimento, Lino Ramos e Galdina Menezes. “Tivemos os queijos das dez regiões contempladas na candidatura à patrimônio cultural e imaterial da humanidade e levamos pra mesa, os elementos decorativos que dialogam com a nossa mineiridade, como os objetos e utensílios em cobre, ferro, palha, cabaças, fuxico, formas de queijo de madeira, entre outros aparatos que permeiam o ofício dos “modos de fazer” o queijo minas artesanal”, declara Campolina.
A decoradora e artista plástica Carla Cristine Vasconcelos da Festa de Pano decorações, reforçou o time de profissionais que montou esta linda e gigantesca mesa mineira de queijos, posicionada bem em frente ao maior queijo do mundo. Tanto o queijão, quanto os Queijos Minas Artesanais – QMA foram oferecidos à todos os participantes e público presentes!
Calendário em BH e no interior – A apresentação do maior queijo do mundo em Belo Horizonte é o desfecho de uma agenda diversa e descentralizada realizada em dezembro em várias regiões do estado.
Na capital mineira, no dia 4 de dezembro, data do anúncio da Unesco, houve apresentação de Marcus Viana e o Coro Sinfônico do Palácio das Artes na varanda do Palácio da Liberdade, que também recebeu uma feira da EMATER MG, reunindo mais de 20 produtores de queijos artesanais de várias regiões do estado.