Em uma era dominada pela tecnologia, trazer calor humano para os negócios tornou-se um diferencial competitivo. Luiz Borja, empresário, editor e autor do livro “Marketing Orgânico – Essencial e Prático”, defende que humanizar uma marca vai muito além de simplesmente adotar um discurso emocional – trata-se de criar conexões genuínas com os clientes.

“Humanizar uma marca vai além de um discurso emocional – é sobre criar conexões reais”, afirma Borja, cujo livro será lançado na Bienal Mineira do Livro, que acontecerá no Centerminas Expo, em Belo Horizonte, de 3 a 10 de maio.

Autenticidade como Pilar

Para Borja, a autenticidade e a escuta ativa são elementos fundamentais nesse processo. “Marcas que contam histórias reais, assumem vulnerabilidades e se posicionam com propósito conquistam não apenas clientes, mas defensores”, explica o autor.

Ele destaca que ações envolvendo responsabilidade social e produção cultural são exemplos práticos dessa abordagem. “O consumidor valoriza quem faz a diferença”, ressalta.

Tecnologia: Aliada, Não Protagonista

Quando questionado sobre o papel da tecnologia na humanização das marcas, Borja é categórico: ela pode ser uma grande aliada, mas com uma condição. “Tem que ser como aquele amigo que facilita a conversa, não como o que fica no celular no meio do rolê”, compara.

O autor compartilha experiências práticas, como o uso do Waze para ajudar pequenos comércios a atraírem clientes locais. “No fim, máquinas entregam eficiência; pessoas, significado”, sintetiza.

O Poder das Interações Humanas

Borja destaca que ferramentas são apenas instrumentos, sendo a forma como as pessoas humanizam cada interação o verdadeiro diferencial. Em seu cotidiano, ele privilegia práticas como o uso de áudios pessoais no WhatsApp, e-mails que contam histórias e conteúdo “feito à mão”.

“Adoro usar áudios pessoais no WhatsApp (nada substitui o calor da voz para criar proximidade); e-mails que contam histórias (sempre evito aqueles textos genéricos e sem vida); conteúdo ‘feito à mão’ (prefiro fotos reais do dia a dia, não só produções superproduzidas)”, exemplifica.

O autor também expressa admiração por empresas que incorporam autenticidade em suas estratégias, como aquelas que utilizam funcionários reais em campanhas, surpreendem com atendimento personalizado e se conectam genuinamente com histórias das comunidades onde atuam.

IA: Uso Consciente

Embora se declare um entusiasta da inteligência artificial, Borja mantém ressalvas. “Pode ajudar? Pode. Mas precisa supervisão”, pondera. Ele compartilha que utiliza IA principalmente para traduzir “juridiquês”, tendo desenvolvido um bot que simplifica termos complexos de contratos.

“E isso é só o começo, cada vez mais a IA vai estar presente em nossas vidas, será como a internet foi no passado”, prevê.

Valores, Histórias e Propósitos

Para o escritor, humanizar uma marca significa transformá-la em uma entidade com valores, histórias e propósitos. “Mostrar os bastidores, dar voz aos clientes e criar narrativas reais fazem toda a diferença”, destaca.

Sobre as melhores práticas empresariais, Borja considera a construção de comunidades engajadas, onde os clientes se sentem parte da história, como um grande acerto. Por outro lado, aponta como erros frequentes a tentativa de parecer algo que não se é, o uso de discursos vazios ou o exagero na automação.

“O que realmente cria vínculo é a transparência e a empatia, porque, no fundo, ninguém quer falar com um logotipo — querem conversar com pessoas”, conclui.

Serviço

“Marketing Orgânico – Essencial e Prático” será lançado oficialmente na Bienal Mineira do Livro, que acontecerá de 3 a 10 de maio, no Centerminas Expo, avenida Pastor Anselmo Silvestre, 1495, bairro União, em Belo Horizonte.

O livro já está disponível no Clube de Autores na Amazon e em formato digital (e-Book) no Hotmart

Crédito Fotos : Código Plus