Preservar a natureza é fundamental. O turismo brasileiro vem crescendo a cada dia, e as inovações
dos turistas sempre são especiais. Nos últimos anos, o turismo de observação de pássaros birdwatching, em inglês) tem ganhado força no Brasil, especialmente no Cerrado, um dos ecossistemas mais diversos do mundo.
Essa modalidade de ecoturismo atrai visitantes de várias partes do planeta para avistar espécies raras e
desfrutar de paisagens únicas. Segundo a Secretaria do Entorno do Distrito Federal, já existem mais de 100 milhões de praticantes de “birdwatching” ao redor do globo, sendo 42 mil deles apenas no Brasil.
O Cerrado, conhecido como “a savana brasileira”, é o segundo maior bioma do país e abriga cerca de 850 tipos de aves. Muitos delas endêmicos, ou seja, que não são encontrados em nenhum outro lugar. Entre as mais procuradas por observadores estão a arara-azul-grande, o papa-moscas-do-campo, o tapaculo-do-planalto e o raríssimo pato-mergulhão, uma das aves aquáticas mais ameaçadas do mundo.
Essa diversidade desperta o interesse tanto de observadores experientes quanto iniciantes. Eles buscam conhecer as características singulares dos pássaros do Cerrado, com cores vibrantes, cantos inconfundíveis e comportamentos fascinantes. A região oferece uma ampla gama de habitats, como
veredas, campos de altitude, florestas de galeria e cerradões, cada um deles abrigando espécies
distintas.
A Agência de Notícias do Turismo lista alguns dos principais destinos para praticar o “birdwatching” no
Cerrado do brasileiro. Serra da Canastra (MG) – A região abriga o pato- mergulhão e muitas outras aves ameaçadas, sendo um dos pontos mais importantes para a conservação de aves aquáticas no Cerrado.
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) – conhecido por suas trilhas e paisagens deslumbrantes, o parque é um dos melhores locais para avistar espécies como a coruja-buraqueira e o caboclinho-de-chapéu-cinzento.
Parque Nacional das Emas (Goiás/Mato Grosso do Sul) – Famoso pelas suas revoadas de aves, o parque é habitat de várias espécies migratórias e residentes, incluindo o emblemático urubu-rei. Jalapão (TO) – Com paisagens exuberantes e relativamente intocadas, o Jalapão é um ótimo lugar para avistar espécies como o falcão-de-coleira e o carcará.
OUTROS DESTINOS
Apesar da crescente prática no Cerrado, não é apenas nele que a prática de observação de aves gera encanto. O Brasil, com sua vasta diversidade de biomas, constitui um dos melhores países do mundo para a observação de pássaros, atraindo adeptos de todos os continentes. Conheça outros locais ideais à modalidade ao redor do país: Pantanal (MS/MT) – O Pantanal é a maior planície alagável do mundo e um verdadeiro paraíso para os observadores de aves. O ecossistema abriga cerca de 650 tipos de pássaros, incluindo o tuiuiú (ave-símbolo do Pantanal), araras-azuis, garças, colhereiros, além de muitas outras espécies aquáticas e terrestres. Passeios de barco, trilhas e safáris fotográficos são ideais para avistar a rica avifauna local, além de mamíferos e répteis.
Parque Nacional de Itatiaia (RJ/MG) – O parque, em meio à Mata Atlântica, é famoso por suas trilhas que levam a diferentes altitudes, onde é possível avistar espécies como o beija-flor-de-topete-verde, a saíra-militar e o pavó (pavão-do-mato). Trilhas como a do Mirante do Último Adeus são excelentes para observar aves e florestas baixas. Lençóis Maranhenses (MA) – Conhecido por suas dunas e lagoas sazonais, o parque também é um excelente ponto de observação de aves migratórias e residentes,
como o maçarico-de-papo-vermelho e o gavião-carijó. A combinação de paisagens desérticas com áreas de manguezais e restingas faz do local um ambiente único para o “birdwatching”. Floresta Nacional de Carajás (PA) – Área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, a Floresta Nacional de Carajás é um centro de biodiversidade, com diversas espécies de papagaios, araras e outras aves de floresta. Trilhas guiadas permitem observar aves em seu habitat, cercadas por impressionantes formações rochosas. Ilha do Cardoso (SP) – Situada no litoral sul de São Paulo, a ilha preserva em um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica costeira no Brasil e abriga espécies raras, a exemplo do pica-pau-de-cara-canela e do papagaio-de-cara-roxa. Barcos e trilhas pela mata proporcionam uma observação de aves tranquila e imersiva.