O mercado brasileiro e internacional ficaram ligados , à 36ª do Festuris – Feira Internacional de Turismo, que foi realizada de 7 a 9 de novembro, em Gramado, no Rio Grande do Sul. Mais de 15 mil pessoas do trade turístico brasileiro e de vários países compareceram ao evento, considerado um dos mais importantes do turismo da América Latina, com mais de 400 estandes dos mais variados setores da aviação, hotelaria, agências e operadoras de viagens, atrações de estados e municípios, além de empresas de produtos voltadas para o mercado turístico, que vem sendo uma mola importante na geração de emprego no Brasil e exterior.
A Movimentando em negócios cerca de R$ 350 a 400 milhões entre as empresas de todos os estados e 53destinos internacionais. O estande de Minas Gerais foi um dos mais visitados por empresas do turismo para realizar negócios com operadoras, circuitos turísticos e passeios pelos municípios mineiros.
Além de desfrutar das belezas das Minas e bela Gerais, a gastronomia mineira exalou pelos salões do Festuris. Dentro das diversas realizações no estande de Minas, a promoção do Queijo Minas Artesanal foi uma das ações realizadas pelo Governo de Minas.
Foi lançado em parceria com o Sebrae, as rotas do Queijo da Canastra e do Serro, que visam potencializar e fomentar o turismo de experiência associado à produção e a valorização do produto.
A iniciativa integra a campanha pela candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que será avaliada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco, prevista para o início de dezembro, em Assunção, no Paraguai.
Além de colocar em evidência os lugares de fabricação do queijo, as rotas vão ressaltar os atrativos naturais e culturais, ampliando as possibilidades de experiência para o visitante, além de estimular o
fortalecimento da atividade turística nessas regiões queijeiras.
Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de MG, Leônidas Oliveira, as rotas são planejadas para o turista ter o suporte de conhecer as riquezas culturais, naturais, histórias e o sabor da gastrônoma
mineira. As rotas dos queijos é um projeto que vem alinhavado com o que acontecerá no final deste ano ,
com o reconhecimento dos do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Leônidas destaca que, a criação das rotas do queijo mostra também a cidade, os produtores, a experiência, a natureza, o ecoturismo, porque essa é uma ação extremamente sustentável e está também no âmbito do turismo verde.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, também destaca que
as rotas representam uma conquista para o turismo de Minas Gerais. “Com o apoio do Governo do Estado, esses novos destinos não apenas contribuirão para atrair investimentos, mas também valorizarão a identidade de origem das regiões, estimulando a geração de emprego e renda”.
A Rota do Queijo Canastra vai unir a tradição dos queijos, do café e das paisagens naturais que
compõem a Serra da Canastra, abrangendo cachoeiras, grutas, trilhas e rica biodiversidade. Um dos destaques é o Parque Nacional da Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco, e local
favorável para práticas de ecoturismo e esportes de aventura. Contemplará especialmente os municípios onde o queijo é produzido: São Roque de Minas, Medeiros, Tapiraí, Bambuí, Piumhi, Vargem Bonita e Delfinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Anualmente, mais de 6 mil toneladas são feitas por cerca 800 produtores.
Com dois séculos de tradição, o Queijo Canastra teve seu registro de Indicação de Procedência concedido
em 2012 pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra. Feito a partir de leite cru, o queijo maduro
entre 21 e 40 dias, podendo ser encontrado em texturas semiduras ou mais macias. Seu sabor é
levemente ácido e picante, agradando a uma ampla variedade de paladares.
A região da Canastra também obteve a Indicação Geográfica do café no ano passado, na modalidade
Denominação de Origem. A região é responsável por uma produção de 750 mil sacas de 60 quilos por ano. A atividade ocupa uma área de 33 mil hectares plantados. O modo de fazer o queijo artesanal do Serro foi o primeiro bem cultural a ser reconhecido como patrimônio imaterial no Brasil, em 2002, pelo IEPHA. Seis anos depois, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também o reconheceu como patrimônio cultural do Brasil.
A região produtora do queijo do Serro abrange os municípios de Alvorada de Minas, Coluna, Conceição
do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro. No total, reúne cerca de 800 pequenos produtores e agricultores familiares que mantêm viva uma tradição de mais de 300 anos.
A expectativa de todos os mineiros é a UNESCO declarar Patrimônio Cultural da Humanidade, o Queijo Minas Artesanal.