SABARÁ CELEBRA OS SABORES DA TERRA COM O FESTIVAL DE ORA-PRO-NÓBIS

Um mergulho no terroir, na tradição e na criatividade da gastronomia mineira

Sabará, cidade histórica que preserva com orgulho seu passado e celebra com vigor seu presente, mais uma vez nos convida a descobrir tesouros além do já consagrado “ouro negro” – a jabuticaba. Nesta semana, os sabores, aromas e histórias dessa terra se encontraram na apresentação dos pratos concorrentes para o Festival de Ora-Pro-Nóbis, uma verdadeira ode à biodiversidade e à riqueza do cerrado mineiro.

A protagonista do evento foi ela: a Ora-Pro-Nóbis, planta alimentícia não convencional (PANC), que conquistou de vez os corações e paladares de quem reconhece o valor da comida que nasce do chão, da tradição e do afeto. Rica em proteínas, ferro, cálcio, fibras e vitaminas, ela é versátil e saborosa – vai bem do refogado à sobremesa, da alta gastronomia à comida de vó.

O festival, promovido com carinho pela Prefeitura Municipal de Sabará, por meio da Secretaria de Cultura e da Emater, foi mais do que uma competição culinária: foi um momento de celebração da identidade local, da criatividade dos cozinheiros e da força de um povo que sabe transformar o que a terra oferece em verdadeiras obras de arte gastronômicas.

A convite da dedicada Secretária de Cultura de Sabará, Jussara Paim, e das competente Sílvia Mais e Shelen Mainente, da Emater, tive a honra de compor o júri ao lado de nomes respeitados nos saberes e sabores da gastronomia: os talentosos chefs Gui Righi e Carol Mesquita, a criativa Marcela Azevedo – conhecida como a alquimista da Mixologia Molecular – e, como não poderia deixar de ser, tudo sob a curadoria generosa e visionária da admirada Professora Rosilene Campolina.

A apresentação e a votação dos pratos aconteceram no Restaurante Fim de Tarde, um espaço agradabilíssimo, repleto de charme e hospitalidade. Logo na chegada, fomos recebidos com um café fresquinho acompanhado de quitandas deliciosas, preparadas com carinho pela Quitutes da Vó Preta. E como se não bastasse, entre uma conversa e outra, nos deliciamos com mexericas colhidas direto do pé, que cresce ali mesmo, dentro do restaurante — um verdadeiro presente da natureza sabarense.

Durante o evento, tivemos a honra de almoçar com o prefeito de Sabará, Sargento Rodolfo, e sua dedicada equipe da prefeitura. Foi uma oportunidade enriquecedora para observar de perto o comprometimento da atual gestão com a preservação da história da cidade, sem perder de vista os desafios e oportunidades do futuro. Com grande gentileza, fomos presenteados com mimos produzidos a partir das três joias do terroir sabarense: Ora-Pro-Nóbis, Jabuticaba e Banana. Delícias que, confesso, não resisti e experimentei assim que cheguei em casa.

O festival mostrou, mais uma vez, que Sabará é um celeiro de riquezas. Seja por sua arquitetura colonial, sua história marcada por encontros e resistências, seja pela gastronomia criativa e afetiva, essa cidade continua sendo uma joia viva de Minas Gerais.

E que privilégio é poder voltar a Sabará e participar de iniciativas que não apenas valorizam o patrimônio local, mas o reinventam com respeito, talento e paixão.