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“TEMPO” SE EXISTISSE O BOTÃO DE RETROCEDER, VOCÊ TERIA CORAGEM DE APERTÁ-LO?

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Se há algo que sempre fascinou a humanidade, é a ideia de controlar o tempo. Voltar, Avançar ou até mesmo Pausá-lo – seria esse o verdadeiro poder absoluto? Há muito tempo me pergunto: se pudéssemos voltar no tempo, o que escolheríamos mudar? Esta questão ecoa ainda mais forte após mergulhar na série espanhola “Si No Te Hubiese Conocido” (“Se Eu Nunca Tivesse te Conhecido”), exibida pela Netiflix.

Como espectadora, fui transportada para uma jornada emocional através do tempo ao acompanhar Eduard interpretado pelo ator Pablo Derqui, personagem que, após perder sua família em um trágico acidente, encontra uma maneira de voltar no tempo para tentar mudar seu destino. A série nos provoca a pensar sobre os “e se” que carregamos, como pequenas escolhas podem desencadear consequências monumentais em nossas vidas. Até onde iríamos para reescrever a nossa história? A cada episódio, nos envolvemos em um dilema poderoso.

Quantas vezes já nos pegamos pensando “e se…”? E se tivéssemos escolhido outro caminho? E se tivéssemos dito sim em vez de não? A série nos mostra que o verdadeiro poder não está em mudar o passado, mas em compreender que cada momento, cada escolha, cada encontro moldou quem somos hoje.

O tempo, esse misterioso tecelão de destinos, continua sendo um dos maiores fascínios da humanidade. Sonhamos em controlá-lo, dominá-lo, mas talvez sua maior beleza esteja justamente em sua inexorabilidade. Como a série nos ensina, às vezes o maior ato de amor é aceitar que nem todas as histórias precisam ser reescritas.

A produção espanhola nos presenteia com uma narrativa que vai muito além da ficção científica. É um estudo sobre amor, perda, arrependimento e aceitação. Nos faz questionar se, tendo o poder de mudar o passado, deveríamos realmente fazê-lo.

A atriz Andrea Ros ( Elisa), cuja sensibilidade e intensidade roubam a cena. Sua interpretação transmite uma profundidade emocional que ressoa com nossa própria humanidade, nossos medos e arrependimentos. Cada cena é cuidadosamente construída para nos fazer questionar nossas próprias escolhas e o valor que damos aos momentos aparentemente insignificantes.

A trilha sonora merece um capítulo à parte.

As melodias se entrelaçam com a narrativa de forma tão orgânica que parecem emergir das próprias emoções dos personagens. É impossível não se emocionar quando as notas musicais sublimam os momentos mais intensos da trama.

Como telespectadora e eterna romântica, saí desta experiência com uma certeza: às vezes, os encontros mais significativos de nossas vidas são aqueles que o destino, em sua misteriosa sabedoria, planejou sem nossa interferência.

Para quem acredita que o tempo é um talismã a ser venerado – ou talvez temido – essa é uma obra indispensável. Afinal, será que mexeríamos no passado, sabendo que o presente é tão fugaz quanto o tempo que tentamos controlar?

Trailer: